“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu
sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.
Mateus 5.13
Virou
moda em nossos dias a expressão: “Saia do Armário”. Embora muitos adeptos do
movimento que ostenta tal refrão, que é movimento Gay, digam que lá nunca
estiveram e que, portanto, sempre foram o que foram. Felizmente, o mesmo pode
ser dito de muitos cristãos, de que sendo sal, nunca viveram no saleiro, mas
sempre fora dele, para fazer a diferença no mundo. O que de alguma forma nos
lembra, os sete mil (1 Reis 19,18), dos dias de Elias, que não dobraram seus
joelhos diante de Baal, revelando, assim, que sempre foram tementes a Deus,
independente de pessoas e circunstâncias, o que serviu de alento para o angustiado
e depressivo profeta, que estava se achando um cavaleiro solitário, como muitos
cristãos, hoje.
Ora,
sair do saleiro é fundamental, pois enquanto ficarmos fechados em nosso gueto
eclesiástico, usando o nosso “evangeliquês”, muitas vezes ruim, e, nos
relacionando unicamente com pessoas que pensam como a gente, lá fora, a coisa
irá de mal a pior e depois, não adianta falar que o mundo se corrompeu, que os
valores se deterioram e que a vida neste mundo perdeu o sentido. Afinal,
enquanto o sal fica no saleiro, é exatamente isto que acontece com o alimento,
ele se deteriora, os agentes degenerativos tomam conta e ele fica sem gosto. “Ah!
Esqueci do Sal”, dirá o responsável pela cozinha. Sal no saleiro não resolve
absolutamente nada, mesmo tendo todas as propriedades necessárias. É assim que
acontece com os cristãos, quando ficam no saleiro.
Quando
o sal é tirado do saleiro e colocado onde deve estar, ele empresta algumas de
suas valiosas propriedades ao meio em que é colocado, dando equilíbrio,
preservando e dando sabor.
Quem
sabe, se pararmos de falar mal do mundo, das pessoas e seus comportamentos e
nos misturarmos a elas e com elas, como Jesus o fez, não teremos maior êxito? Por exemplo, com Zaqueu (Lucas 19.1-10), de
quem a maioria queria manter distância, especialmente os religiosos, como eu e
você, Ele foi ao encontro, chamando-o pelo nome (não pela forma pejorativa,
como as pessoas o chamavam), indo à sua casa e lhe oferecendo esperança, mesmo
não concordando com o estilo de vida dele, mas tão somente o amando, o que fez
uma tremenda diferença e pode fazer na vida das pessoas que estão à nossa
volta.
Será
que não é disto que o mundo está precisando?
Lembre-se:
Não fomos chamados para fazer ” Guerras Santas” ou empreender “Cruzadas” contra
partidos ou movimentos, seja de que tipo for, “pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas
contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais
(Efésios 6.12). Quanto aos seres humanos, fomos
chamados para tocá-los com a graça e a compaixão de Deus, reveladas em Cristo
Jesus, pelo poder do Espírito Santo, o qual nos capacita a fazer o mesmo.
A
contra-cultura cristã faz a demolição do sistema que se opõe a Deus, tocando
vidas e não, fazendo “Cruzadas”.
Jackson
Andrade
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