quarta-feira, 5 de junho de 2013

SAIA DO SALEIRO!



“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Mateus 5.13



Virou moda em nossos dias a expressão: “Saia do Armário”. Embora muitos adeptos do movimento que ostenta tal refrão, que é movimento Gay, digam que lá nunca estiveram e que, portanto, sempre foram o que foram. Felizmente, o mesmo pode ser dito de muitos cristãos, de que sendo sal, nunca viveram no saleiro, mas sempre fora dele, para fazer a diferença no mundo. O que de alguma forma nos lembra, os sete mil (1 Reis 19,18), dos dias de Elias, que não dobraram seus joelhos diante de Baal, revelando, assim, que sempre foram tementes a Deus, independente de pessoas e circunstâncias, o que serviu de alento para o angustiado e depressivo profeta, que estava se achando um cavaleiro solitário, como muitos cristãos, hoje.
Ora, sair do saleiro é fundamental, pois enquanto ficarmos fechados em nosso gueto eclesiástico, usando o nosso “evangeliquês”, muitas vezes ruim, e, nos relacionando unicamente com pessoas que pensam como a gente, lá fora, a coisa irá de mal a pior e depois, não adianta falar que o mundo se corrompeu, que os valores se deterioram e que a vida neste mundo perdeu o sentido. Afinal, enquanto o sal fica no saleiro, é exatamente isto que acontece com o alimento, ele se deteriora, os agentes degenerativos tomam conta e ele fica sem gosto. “Ah! Esqueci do Sal”, dirá o responsável pela cozinha. Sal no saleiro não resolve absolutamente nada, mesmo tendo todas as propriedades necessárias. É assim que acontece com os cristãos, quando ficam no saleiro.
Quando o sal é tirado do saleiro e colocado onde deve estar, ele empresta algumas de suas valiosas propriedades ao meio em que é colocado, dando equilíbrio, preservando e dando sabor.
Quem sabe, se pararmos de falar mal do mundo, das pessoas e seus comportamentos e nos misturarmos a elas e com elas, como Jesus o fez, não teremos maior êxito?  Por exemplo, com Zaqueu (Lucas 19.1-10), de quem a maioria queria manter distância, especialmente os religiosos, como eu e você, Ele foi ao encontro, chamando-o pelo nome (não pela forma pejorativa, como as pessoas o chamavam), indo à sua casa e lhe oferecendo esperança, mesmo não concordando com o estilo de vida dele, mas tão somente o amando, o que fez uma tremenda diferença e pode fazer na vida das pessoas que estão à nossa volta.
Será que não é disto que o mundo está precisando?
Lembre-se: Não fomos chamados para fazer ” Guerras Santas” ou empreender “Cruzadas” contra partidos ou movimentos, seja de que tipo for, “pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios 6.12). Quanto aos seres humanos, fomos chamados para tocá-los com a graça e a compaixão de Deus, reveladas em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo, o qual nos capacita a fazer o mesmo.
A contra-cultura cristã faz a demolição do sistema que se opõe a Deus, tocando vidas e não, fazendo “Cruzadas”.

Jackson Andrade


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